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Mercado Financeiro Semanal- Evaldo Fontes 10 / 08 / 2020

Copom reduz juros básicos da economia para 2% ao ano

Prezado leitor,em meio à crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus, o Banco Central (BC) diminuiu os juros básicos da economia pela nona vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic para 2% ao ano, com corte de 0,25 ponto percentual. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1313065&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1313065&o=node

Em nota, o Copom informou não descartar futuros ajustes nos juros básicos, mas ressaltou que as próximas mudanças, caso ocorram, serão graduais dependerão da situação das contas públicas. "O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado [juros excepcionalmente baixos], mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno", destacou o comunicado.

"Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva [expectativa de inflação para os próximos meses]", acrescentou o texto.

Com a decisão, a Selic está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018, só voltando a ser reduzida em julho de 2019.

Crédito mais barato - A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos 12 meses terminados em junho, o indicador fechou em 2,13%.

A redução da taxa Selic (juros básicos da economia) para 2% ao ano era esperada e resulta da baixa inflação, que está abaixo do nível mínimo da meta (2,5%) no acumulado de 12 meses. Essa é a avaliação de entidades do setor produtivo, que consideram positivo o corte de 0,25 ponto percentual anunciado hoje (5) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1313074&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1313074&o=node

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a manutenção da inflação em níveis baixos permite que o Copom continue a cortar os juros nas próximas reuniões para estimular o consumo e o investimento em meio e conter os impactos da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia o ano em 2,4% no cenário base. Esse cenário considera as estimativas de mercado.

De acordo com o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a previsão para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi reduzida de 1,67% para 1,63% em 2020.

Como ficam os seus investimentos com a Selic a 2,00%

Com a taxa básica de juros da economia em 2,00%, a rentabilidade dos investimentos indexados ao CDI (Fundos DI, CDB/DI e LCI/LCA) vai continuar baixa.

DICA: Para conseguir um ganho maior, os investidores conservadores vão ter que deixar os seus investimentos aplicados em títulos com prazo maior de vencimento (Ex: Títulos do Tesouro, Debêntures, CDBs, OBS: CRA etc.), carência de mais de 1 ano, ou acumular volumes maiores de recursos, para negociar uma taxa melhor.

Entretanto, para aqueles investidores que aceitam a exposição maior em operações de risco, a recomendação dos consultores financeiros é de estudar a possibilidade de começar a diversificar uma parcela dos seus investimentos em operações com taxas prefixadas, Fundos Multimercados, Fundos Small Caps, dentre outras e Ações. 

Lembramos que, com a Selic em  2% ao ano, os Depósitos na poupança feitos a partir de 4 de maio de 2012, rendem, de acordo com a legislação atual, 70% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual ou  inferior a 8,5%.. OBS: Com a Selic a 2%, o retorno anual da poupança passa a ser de  1,40%.

 

Fonte: BACEN, IBGE, Empresa Brasileira de Comunicação – EBC e Mercado.

Evaldo Fontes - Consultor de Finanças Pessoais e de Empresas    Escritório: Rua Francisco Ladeira, 48 – Centro / Tels: 032 -9 8802 6319 / 3251 6319 Mandem sua pergunta/sugestão para o e-mail fontesevaldo@yahoo.com.br e Facebook. – Evaldo Fontes

 



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