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Mercado Financeiro Semanal- Evaldo Fontes

Banco Central mantém taxa Selic em 6,5%ao ano pela 10º. Consecutiva

Prezados leitores, Pela décima vez seguida, o Banco Central (BC) não alterou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 6,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros. Entretanto, a partir de setembro, instituições financeiras esperam pelo início de um ciclo de cortes.

Com a decisão, a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018.

Em comunicado, o Copom informou que está monitorando a economia brasileira. A nota dIz que o Banco Central só deve voltar a reduzir os juros após o avanço ou a aprovação de reformas que reduzam os gastos públicos, como a da Previdência. “O comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes. Em particular, o comitê julga que avanços concretos nessa agenda são fundamentais para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva”, destacou.

Entretanto, a partir de setembro, instituições financeiras esperam pelo início de um ciclo de cortes.

 

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o BC só poderá reduzir a Selic após a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. A entidade cobrou engajamento do governo para mudanças na legislação que reduzam os gastos públicos.

“A decisão mostra a cautela do Banco Central em relação à tramitação da reforma da Previdência e aos possíveis impactos sobre as variáveis econômicas, como o câmbio, o déficit nas contas públicas e o investimento”, informou a CNI em comunicado.

Para a entidade, existe um ambiente favorável à redução dos juros porque a inflação continua abaixo da meta e porque a economia segue com crescimento baixo. “No plano doméstico, diminuíram as pressões sobre os preços e a inflação continua abaixo da meta, e as dificuldades de recuperação da atividade indicam que a economia crescerá menos de 1% neste ano. Além disso, o desemprego continua alto, o que compromete o consumo das famílias”, ressaltou a confederação.

Fecomercio SP

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) divulgou uma nota dizendo que aprova a decisão do Copom de manter a taxa Selic em 6,5%. “Para a entidade, a decisão foi sábia e aponta um BC [Banco Central] não influenciado pela empolgação do início do ano, tampouco pelo ambiente conturbado dos últimos meses, e deve manter o equilíbrio ao longo deste primeiro semestre” , informou a entidade.

A FecomercioSP avalia que, com o avanço e possibilidade de aprovação da reforma da Previdência no Congresso em 2019, existe a possibilidade da taxa Selic cair no fim do ano, podendo ficar abaixo de 6% em dezembro. “É importante ressaltar que a entidade apóia o processo de redução de juros diante de um cenário econômico mais tranqüilo, com a inflação controlada.”

Como ficam os seus investimentos com a Selic a 6,50%

Prezado eleitor, com a manutenção da taxa Selic, taxa básica de juros da economia, em 6,50%, a rentabilidade dos investimentos indexados ao CDI (Fundos DI, CDB/DI e LCI/LCA) vai continuar baixa.

(DICA: Para conseguir um ganho maior, os investidores conservadores vão ter que deixar os seus investimentos aplicados em títulos com prazo maior de vencimento (Ex: Títulos do Tesouro, LCI/LCA, CDBs), carência de mais de 1 ano, ou acumular volumes maiores de recursos, para negociar uma taxa melhor.

Entretanto, para aqueles investidores que aceitam a exposição maior em operações de risco, a recomendação dos consultores financeiros é de estudar a possibilidade de começar a diversificar uma parcela dos seus investimentos em operações com taxas prefixadas, Fundos Multimercados e Ações. 

Lembramos que, com a Selic em  6,50% ao ano, os Depósitos na poupança feitos a partir de 4 de maio de 2012, rendem, de acordo com a legislação atual, 70% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual ou  inferior a 8,5%.

 

Fonte: BACEN, IBGE, Empresa Brasileira de Comunicação – EBC e Mercado.

Evaldo Fontes - Consultor de Finanças Pessoais e de Empresas    Escritório: Rua Francisco Ladeira, 48 – Centro / Tels: 032 -9 8802 6319 / 3251 6319 Mandem sua pergunta/sugestão para o e-mail fontesevaldo@yahoo.com.br e Facebook. – Evaldo Fontes

 



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