Banco Central reduz taxa Selic para 6% ao ano
Prezado leitor, numa decisão que surpreendeu o mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou os juros básicos da economia em meio ponto percentual.
A taxa está agora em 6% ao ano, o menor nível da história. Em comunicado, o Copom informou que deve continuar cortando os juros básicos nos próximos meses, mas o comitê reiterou a necessidade de reformas estruturais na economia, como a da Previdência para que as taxas continuem em níveis baixos.
Principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação, a Selic é taxa que serve de base para os demais juros da economia. Taxas baixas barateiam o crédito e incentivam a produção, o consumo e o investimento.
Mas o Copom só pode cortar a Selic se tiver a segurança que os preços estão controlados não vão subir.
Como ficam os seus investimentos com a Selic a 6,00%
Com a taxa básica de juros da economia em 6,00%, a rentabilidade dos investimentos indexados ao CDI (Fundos DI, CDB/DI e LCI/LCA) vai continuar baixa.
DICA: Para conseguir um ganho maior, os investidores conservadores vão ter que deixar os seus investimentos aplicados em títulos com prazo maior de vencimento (Ex: Títulos do Tesouro, CDBs), carência de mais de 1 ano, ou acumular volumes maiores de recursos, para negociar uma taxa melhor.
Entretanto, para aqueles investidores que aceitam a exposição maior em operações de risco, a recomendação dos consultores financeiros é de estudar a possibilidade de começar a diversificar uma parcela dos seus investimentos em operações com taxas prefixadas, Fundos Multimercados e Ações.
Lembramos que, com a Selic em 6,00% ao ano, os Depósitos na poupança feitos a partir de 4 de maio de 2012, rendem, de acordo com a legislação atual, 70% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual ou inferior a 8,5%.
CNI: juros básicos podem cair a 5,25% ao ano no fim de 2019
A estimativa da CNI é mais otimista que a dos analistas de mercado. A última edição do boletim Focus, pesquisa semanal do BC com instituições financeiras, projetava taxa Selic de 5,5% ao ano no fim de 2019.
Para a confederação, o BC acertou ao reduzir os juros básicos em 0,5 ponto percentual, enquanto a maioria das instituições financeiras projetava corte de 0,25 ponto. Segundo a CNI, o fraco desempenho da atividade econômica, a baixa inflação e o corte de juros em outros países, favorecem a redução das taxas em países emergentes, como o Brasil.
Na avaliação da entidade, a queda dos juros é importante para estimular o consumo das famílias e os investimentos das empresas e reativar a economia. O comunicado ressaltou a aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados foi um passo importante para o início do ajuste das contas públicas. Para a entidade, a aprovação definitiva da reforma abrirá caminho para novas reduções da Selic.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) também considerou positiva a redução da taxa. “Reduzir a Selic é indispensável para acelerar a retomada do emprego e diminuir o custo da dívida, o que é muito relevante para um país com alto grau de endividamento como o Brasil”, destacou a entidade, ao apostar que, até o final deste ano, a Selic fique abaixo de 6%.
Para a Firjan, a aprovação da reforma da Previdência no primeiro turno na Câmara foi um grande passo para redução do risco fiscal da economia brasileira, porém, a entidade reforça a necessidade da concretização desta reforma e a importância da inclusão de estados e municípios.
Fonte: BACEN, IBGE, Empresa Brasileira de Comunicação – EBC e Mercado.
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