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Mercado Financeiro - Evaldo Fontes - 19/01/20

Salário mínimo é corrigido e sobe para R$1.045 a partir de 1º de fevereiro

Prezado leitor, o salário mínimo que entrou em vigor no dia 1º de janeiro vai aumentar R$ 6, passando de R$ 1.039 para R$ 1.045. O valor calculado inicialmente para este ano se baseou numa previsão de inflação que acabou sendo superada.

O mínimo teve aumento de 4,1%, enquanto a inflação medida pelo INPC, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, subiu 4,48%. A diferença poderia reduzir o poder de compra do brasileiro.

No ano passado, o salário mínimo era de R$ 998. Durante a discussão sobre o orçamento da União, no Congresso Nacional, foi para R$ 1.039, caiu para R$ 1.031 e voltou a R$ 1.039. O novo valor, de R$ 1.045, representa R$ 2 acima dos 4,48% referentes ao INPC acumulado em 2019.

O ministro Paulo Guedes explicou que esses R$ 2 acima da inflação servem para compensar um erro do ano passado. Também devido à diferença no cálculo da inflação, o mínimo tinha ficado exatamente R$ 2 abaixo do valor ideal.

Guedes estimou que o reajuste vai custar R$ 2,3 bilhões a mais. E afirmou que o governo já tem de onde tirar esses recursos.

O salário mínimo de R$ 1.045 será instituído por medida provisória e deve entrar em vigor no 1º de fevereiro.

 

Percentual de famílias com dívidas chega a 65,6% em dezembro, diz CNC

O percentual de famílias com dívidas em cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnê de loja, prestação de carro e prestação da casa aumentou em dezembro de 2019, alcançando 65,6%.

É o maior patamar da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde janeiro de 2010. O resultado é maior do que os 65,1% observados em novembro de 2019 e superior aos 59,8% registrados em dezembro de 2018.

Segundo a pesquisa, o percentual de famílias inadimplentes, ou seja, com dívidas ou contas em atraso, diminuiu em dezembro de 2019, na comparação com o mês imediatamente anterior, passando de 24,7% para 24,5% do total. No entanto, houve aumento do percentual de famílias inadimplentes em relação a dezembro de 2018, que registrou 22,8%.

O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes também diminuiu, na comparação mensal, para 10% em dezembro, ante 10,2% em novembro. O indicador alcançou 9,2% em dezembro de 2018.

Apontado como o principal tipo de dívida pelas famílias desde a primeira Peic, feita há dez anos, o cartão de crédito atingiu, em dezembro de 2019, seu maior patamar na série histórica: 79,8%. Em segundo lugar, vêm os carnês (15,6%) e, em terceiro, o financiamento de carro (9,9%).

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que o resultado, apesar de ligar o sinal de alerta, não pode ser considerado negativo. De acordo com ele, como o endividamento não foi acompanhado de um aumento expressivo da inadimplência, os dados indicam uma dívida com responsabilidade e compatível com a renda das famílias.

“A tendência de alta do endividamento está associada à ampliação do mercado de crédito ao consumidor, impulsionada por fatores como a melhora recente no mercado de trabalho, sobretudo no emprego formal, e a redução das taxas de juros para patamares mínimos históricos, o que permitiu a redução do custo do crédito”, afirmou Tadros, em nota.

A parcela média da renda comprometida com dívidas, apesar de ter aumentado no comparativo anual (29,7% contra 29,3%), recuou em dezembro para o menor patamar desde junho de 2019.

 

IPCA: preço da carne foi responsável pelo aumento da inflação em 2019

O preço salgado da carne foi o grande responsável pelo aumento da inflação em 2019. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fechou o ano em 4,31%, o maior desde 2016 e acima da meta estipulada pelo governo, que era de 4,25%.

Sem o aumento expressivo da carne, o IPCA teria ficado em 3,54%, abaixo dos 3,75% medidos em 2018. Somente em dezembro, as carnes subiram mais de 18% e também foram as grandes responsáveis pelo IPCA mensal de 1,15%, o maior para este mês em 17 anos.

Já no acumulado de 2019 as carnes ficaram 32,40% mais caras, explica o pesquisador do IBGE Pedro Kislanov. Esse aumento das carnes também impacta outros componentes do IPCA.

Junto com o feijão carioca e o tomate, que tiveram altas de mais de 20% no mês, a carne fez com que o grupo alimentação e bebidas registrasse alta de 3,38% em dezembro, também o maior resultado desde 2002.

Já no acumulado do ano, os preços dos itens desse grupo subiram 6,37% ou seja 2,33 ponto percentual a mais do que em 2018.

Como esses itens concentram grande parte dos gastos das famílias, este também foi o grupo com maior impacto sobre o índice geral.

Em seguida vieram os transportes, que subiram 3,57%, principalmente por causa das tarifas de ônibus urbano que ficaram 6,64% mais caras e da gasolina, com aumento de mais de 4%.

Já a categoria de saúde e cuidados pessoais subiu quase 5,5% puxada, principalmente, pelo reajuste nos planos de saúde que foi superior a 8%.

Fonte: BACEN, IBGE, Empresa Brasileira de Comunicação – EBC e Mercado.

Evaldo Fontes - Consultor de Finanças Pessoais e de Empresas    Escritório: Rua Francisco Ladeira, 48 – Centro / Tels: 032 -9 8802 6319 / 3251 6319 Mandem sua pergunta/sugestão para o e-mail fontesevaldo@yahoo.com.br e Facebook. – Evaldo Fontes



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